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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

FASI assina documento que condiciona repasse da Sesab ao pagamento dos salários de dezembro

Documento assinado por Renan Araújo e Paulo Bicalho condiciona repasse da Sesab ao pagamento do salário de dezembro aos servidores lotados no HBLEM
A greve realizada pelos servidores lotados no Hospital de Base de Itabuna (HBLEM) durante o dia de hoje conseguiu pressionar para que o secretário de Saúde, Renan Araújo e o presidente da Fundação de Assistência de Saúde de Itabuna (Fasi), Paulo Bicalho se reunissem com representantes do Sindserv para negociação do impasse em relação ao pagamento do salário referente ao mês de dezembro.

Ainda alegando ter herdado situação financeira "complicada", o presidente da Fasi informou que entrou em contato com o secretário estadual de Saúde, Jorge Solla (Sesab) e este garantiu que realizará até a próxima sexta-feira, 22/02, repasse de verbas para o hospital. Bicalho informou que realizará o pagamento integral do salário pendente assim que o repasse chegar na conta do HBLEM.

Os diretores do Sindserv  presentes solicitaram que os representantes da administração municipal firmassem por escrito em ata a deliberação da reunião condicionando que o recurso oriundo da Sesab seja direcionado, primeiramente para o pagamento do salário da categoria.

Após assinatura do documento, os diretores do Sindserv realizaram uma assembleia onde apresentaram o documento para os servidores. De posse do documento assinado pelos representantes da Prefeitura, a categoria deliberou pelo término da greve.




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Salário de dezembro no HBLEM será creditado após o Carnaval, diz Bicalho

O presidente da Fundação de Assistência à Saúde de Itabuna (Fasi), entidade mantenedora do Hospital de Base (HBLEM), Sr. Paulo Bicalho, entrou em  contato com o Sindserv para informar que o  pagamento do salário de dezembro dos servidores lotados naquele hospital será creditado logo após o Carnaval, sem especificar uma data para a quitação do débito com a categoria. 

Segundo Bicalho, por conta de uma mudança que está ocorrendo no sistema da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) houve um atraso no adiantamento do repasse para o HBLEM, que aconteceria no inicio do mês de fevereiro. Porém, o presidente da Fase acredita que na quarta-feira, dia 13/02, pós Carnaval, a situação estará regularizada. 

"O Sindserv está atento ao desenrolar deste fato e exige regularização imediata desta situação que está causando insegurança, incerteza e prejuízo para os trabalhadores", afirma Wilmaci Oliveira, diretora do Sindicato.

Os servidores do HBLEM serão convocados para uma assembleia na quinta-feira, 14/02, para avaliação e deliberação sobre o desenrolar da questão. 


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

David Brooks: Renasce o sindicalismo nos EUA?


No final do ano passado, uma série de manifestações envolveu trabalhadores do Walmart, o maior empregador dos EUA, e da indústria de fast-food no país. A luta contra os baixos salários e por mais benefícios, como sempre na história norte-americana, parte de um novo movimento sindical liderado por imigrantes. Seria um renascimento? A análise é do jornalista David Brooks, correspondente do 'La Jornada' em Nova York.


Trabalhadores dos restaurantes de fast-food em Nova York lançaram no final do ano passado uma campanha para exigir um salário digno, enquanto em centenas de eventos em todo o país os trabalhadores do Walmart e aliados comunidade realizaram, no final de novembro, uma breve paralisação dos trabalhos e manifestações. Ambos os eventos não tiveram precedentes no país.

No Walmart, os cerca de 500 colaboradores do participaram com centenas de apoiadores e aliados comunitários e sindicalistas em centenas de atos exigiam melhores salários, maior participação na tomada de decisões sobre as condições e horários, planos de saúde e muito mais. A maior empresa comercial do mundo (apenas nos EUA tem cerca de um milhão 400 mil empregados) tentou reduzir as dimensões do que aconteceu, mas os trabalhadores e seus aliados afirmam que foi apenas o primeiro aviso de uma iniciativa que tem se expandido no último ano, e algo que a empresa nunca enfrentou – conhecida como uma das mais anti-sindicais – em seus 50 anos de existência.

Poucos dias depois, um incêndio em uma fábrica de roupas em Bangladesh, Tazreen, onde são fabricadas roupas para o Walmart, entre outras empresas, causou a morte de 112 trabalhadores. Quando o fogo começou, houve pânico porque não havia saídas de emergência na fábrica. Primeiro o Walmart disse que não tinha qualquer relação com a fábrica, mas, depois que os trabalhadores divulgaram fotos de etiquetas das roupas que fabricavam, a companhia teve de admitir que a empresa era seu fornecedor.

O fogo não era novidade. Durante as duas últimas décadas, ocorreram pelo menos 33 incêndios em fábricas em Bangladesh, que causaram a morte de cerca de 500 trabalhadores. Esse é o preço de roupas baratas vendidas no Walmart, Gap e outras empresas, afirmam os defensores dos direitos trabalhistas, em ambos os países. O grande sucesso do Walmart é baseado na redução do preço mais barato, o que significa pagar o mínimo para os que fabricam seus produtos no exterior e aos seus trabalhadores que vendem esses produtos aqui.

Antes, estas fábricas se concentravam em Nova York, onde há um século era a capital da indústria da confecção. Em 1911, uma fábrica se incendiou, Triangle Shirtwaist, a um quarteirão da Washington Square Park. As saídas de emergência estavam trancadas e os trabalhadores – principalmente muitas mulheres jovens (algumas de 14 anos), imigrantes italianas e judias – se jogaram das janelas do 10º andar. Morreram 146. A tragédia chocou a nação e gerou um movimento reformista que promoveu algumas das primeiras leis de saúde e segurança no trabalho, bem como a organização de um sindicato nacional poderoso: ILGWU. "Agora o traslado global da produção permitiu que as empresas de varejo, como Walmart e Gap, voltem o relógio para 1911, recriando em lugares como Bangladesh as condições brutais e custos muito reduzidos que prevaleciam no momento do incêndio de Triangle", disse Scott Nova, diretor do Consórcio de Direitos dos Trabalhadores.

Robert Reich, secretário do Trabalho do governo Clinton e especialista em políticas públicas, diz que há 50 anos o maior empregador privado do país foi a General Motors, que pagava a seus funcionários um salário por hora equivalente a cerca de 50 dólares (incluindo benefícios de pensão e saúde). Hoje, acrescentou, o maior empregador do país é o Walmart, cujo empregado médio ganha 8,81 por hora, enquanto um terço dos seus funcionários trabalha menos de 28 horas por semana e, portanto, não se qualificam para receber os benefícios. Reich acrescenta que o Walmart faturou 16 bilhões em 2011, muito do que enriqueceu os acionistas da companhia, incluindo a família de seu fundador, Sam Walton. Afirma que a riqueza da família Walton é superior ao total de 40% das famílias que na parte de baixo da pirâmide econômica.

Enquanto isso, em outro setor de salários mínimos, em Nova York, foi feito o esforço mais ambicioso até agora para sindicalizar os trabalhadores de "fast-food" no país. A Iniciativa Fast Food Forward é liderada por uma ampla coalizão de organizações comunitárias, de direitos civis e sindicatos em Nova York. A iniciativa, também anunciada no final do ano passado, visa sindicalizar os trabalhadores de Taco Bell, Burger King, McDonalds, Domino's Pizza e muitos mais nesta cidade.

A indústria de fast-food no país é uma indústria no valor de 200 bilhões de dólares. A campanha destaca que em 2011 o presidente-executivo da Wendy 's recebeu US$ 16 milhões e meio, enquanto os seus funcionários ganham menos de US$ 20 mil por ano. Muitos ganham apenas US$ 8 ou menos por hora, e a campanha visa aumentar esse nível de salário para US$ 15 por hora. Estima-se que 50 mil trabalhadores estão empregados na indústria em Nova York. Ao mesmo tempo, esta iniciativa diz que é parte da luta nacional para trabalhadores de baixa renda em vários setores, como os do Walmart.

Reich, como muitos analistas mais, observa que um dos principais fatores na queda da renda e dos benefícios para os trabalhadores e a dramática concentração de riqueza no país tem a ver com o enfraquecimento dos sindicatos. Mais de um terço dos trabalhadores do setor privado foram sindicalizados nos anos 1950, hoje, menos de 7% pertencem a um sindicato.

Mas com estas iniciativas e muitos mais esforços locais, mas igualmente vitais em vários cantos do país, talvez não seja o fim dos sindicatos. É importante afirmar que, como sempre na história deste país, parte do novo movimento sindical é liderado por imigrantes. Não são poucos os que estão se perguntando se essas novas iniciativas são sinais de vida para o sindicalismo nos Estados Unidos.

Fonte: Carta Maior: Divulgação e tradução: Telesur

Sindserv foi à luta!


*Jorge Barbosa



Os servidores municipais de Itabuna através do SINDSERV em represália a proposta do município de parcelar o salário do mês de dezembro (não pago pela administração Azevedo), em 16 vezes, realizaram manifestações e paralisações desde o dia 22/01, e não sendo apresentada nenhuma nova proposta até o dia 28, entraram em greve a partir do dia 29, que chegou ao final no início da noite do dia 30 após audiência solicitada pelo sindicato no Ministério Público do Trabalho...

Depois de mais de 3 horas de reunião entre os representantes dos trabalhadores e da PMI, com a mediação dos procuradores do MPT, a administração municipal esgotou as possibilidades de negociação apresentando a proposta de parcelamento dos salários atrasados em seis vezes, a serem pagos a partir do dia 13 de fevereiro e do pagamento em uma só parcela dos servidores lotados na secretária de educação, que ganham um salário mínimo. Dessa forma os servidores ficaram entre parcelar o atrasado em seis vezes ou rejeitar a proposta e solicitar mais uma vez através do Ministério Público o bloqueio de verbas para garantir o pagamento do atrasado, o que poderia jogar a categoria num vazio político e jurídico, uma vez que toda a energia e a expectativa desprendida ficariam por conta de tramites judiciais, o que inclusive, nem garantia o efetivo bloqueio dos valores pretendidos, uma vez que tal decisão só pode haver através de sentença judicial proferida pela Justiça do Trabalho.

Nesse cenário entre uma proposta ruim e uma possibilidade pior ainda, os trabalhadores presentes à assembleia realizada em frente ao Ministério Público optaram pela primeira.

É necessário o eleitor fazer um melhor juízo do seu voto, porque já virou praxe os prefeitos atrasarem salários no semestre da eleição e deixarem o cargo com a triste herança maldita dos salários atrasados e depois quem paga são os servidores recebendo atrasado, geralmente em varias parcelas e os novos administradores que iniciam a gestão, com pendências negativas. Por outro lado é preciso mais rigor da Justiça e reforma na legislação eleitoral no sentido de punir com bloqueio de bens e exigência da devolução de recursos mal utilizados, além de cadeia.

Além disso, deve–se reduzir o tempo entre a eleição e a posse, com objetivo de dificultar tais desmandos. É bom observar que o Sindserv Itabuna foi o único sindicato da região e certamente um dos poucos da Bahia e do Brasil que comandaram greves com o objetivo de garantir o menor parcelamento possível de salários atrasados de gestões anteriores.

VIVA OS SERVIDORES MUNICIPAIS DE ITABUNA, O SINDSERV E A CTB.

*Presidente do Sindicato dos Bancários de Itabuna e Região